Expectativa de vida na Comunidade de Madrid é a maior da UE (bate até Japão)

Bastam alguns minutos em Madrid para notar que a terceira idade representa uma fatia bem grandinha da população. Você vai cruzar com muitos velhinhos nas ruas de Madrid e nos seus pueblos, no transporte público, nas praças com seus cachorros, nos bares com uma caña (chope) e nos jogos de futebol, principalmente do Atlético de Madrid. Eles são superativos, não costumam ter ajudantes ou enfermeiros e parecem bem independentes mesmo.

Já falei sobre os mayores de Madrid no blog, mas faltava juntar todas as informações num texto só e atualizar os dados.

Velhinhos
Amigos aproveitando o fim de tarde em Madrid (Joana Tiso / Entre tapas y cañas)

A Eurostat (Oficina Estadística de la Unión Europea) divulgou novo relatório sobre expectativa de vida e a Comunidade de Madrid voltou a aparecer como a região onde mais se vive na União Europeia. A média atualmente é de 85,2 anos (era de 84,9 anos em 2016), sendo 87,8 anos para as mulheres e 82,2 anos para os homens.

Uma comparação inevitável: a esperança de vida na Comunidade de Madrid é maior do que no Japão, país conhecido desde sempre pela longevidade. As taxas de morte por doenças cardiovasculares e tumores em Madrid estão entre as mais baixas do mundo. Os números são todos impressionantes, ainda mais se você levar em conta que a população bebe e (ainda) fuma bastante.

O fato é que os madrilenhos vivem mais e com mais qualidade de vida hoje em dia. Na verdade, esta é uma tendência na Espanha, país com maior expectativa de vida da União Europeia e que caminha para alcançar o Japão. A média nacional é de 83 anos; era de 79 anos em 2000.

Madrid entre as melhores cidades do mundo para viver

Por que os madrilenhos vivem tanto?

Entre as razões para a alta esperança de vida na Comunidade de Madrid, costuma-se destacar a qualidade do sistema de saúde, os métodos de prevenção, como medir a pressão arterial e fazer mamografia com regularidade, a dieta mediterrânea, que inclui peixes, grãos, azeite de oliva, frutas e vinho, e o hábito de caminhar.

A obesidade não é um problema por aqui (mas cresceu nos últimos anos). Há quem diga que o longo intervalo para almoço e o descanso pós-comida (a famosa siesta) também são fatores positivos. Além disso, é uma região com baixo índice de homicídios.

Eu destacaria ainda o ritmo tranquilo de vida. Não costumo ver as pessoas correndo ou estressadas nas ruas de Madrid. O clima é leve. Mesmo. E isso reflete na forma como lidam com o trabalho também. Não é comum ficar até tarde no escritório nem fazer mil horas extras.

O madrilenho valoriza os momentos de lazer, inclusive (ou principalmente) na terceira idade. Viva!

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Amigas curtindo o Mercado de motores, no Museo del Ferrocarril (Joana Tiso / Entre tapas y cañas)
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